OS MEUS INTERESSES
Gosto de me manter informado no âmbito das ciências, particularmente da física e biologia, pelo que dedico algum tempo à leitura de revistas de divulgação científica.
Há cerca de dez anos inicie-me na vela de cruzeiro de forma quase acidental e fiquei completamente "agarrado". Descobri que o mar é talvez o único espaço de liberdade que resta ao homem urbano desta época. A prática da vela de cruzeiro é um antídoto ideal para o stress urbano que nos assola. Tenho, em conjunto com dois sócios, um veleiro com (algumas) condições para aventuras oceânicas.
Depois de uma fase inicial mais costeira, com alguns percalços e asneiras que nos obrigaram inclusive a ser resgatados por uma lancha salva-vidas, em 2008 aventurá-mo-nos na primeira travessia de "alto mar" até à Madeira. Foi uma experiência inesquecível que entre outros aspectos me fez ver que o mundo "ainda" é grande, já que navegamos dias sem ver vivalma. Têm uma componente quase mística a solidão e o azul do mar, tão intenso que parece tinta.
Uma viagem oceânica é também uma lição de humildade face à natureza, lição que na minha opinião é cada vez mais necessária nos dias que correm. Ao mesmo tempo o chegar a bom porto dá uma sensação de realização pessoal, pois apesar de ser um "feito" banal existe sempre a "glória" de ter ultrapassado o medo natural de quem sabe que depende essencialmente de si próprio durante a travessia, e que não há um reboque ao virar da esquina nem telemóvel para o chamar.
No início de minha carreira, pensava seguir um percurso mais "industrial" no ramo da engenharia. Embora considere que nunca se é suficientemente sensato para dar bons conselhos, a alguém que queira singrar no sector bancário recomendaria que se "equipe" com a formação teórica e pratica necessária para poder acompanhar a evolução do sector. As tarefas rotineiras tendem a ser automatizadas pelo que a criatividade e capacidade de resolução de problemas serão cada vez mais valorizadas.