Os mercados financeiros, em particular os accionistas e os de crédito, registaram ganhos assinaláveis, no segundo trimestre do ano, impulsionados pela perspectiva optimista de uma recuperação económica rápida (recuperação em V) e pela acção dos governos e dos bancos centrais, com o anúncio de estímulos fiscais e monetários massivos. Apesar da recuperação das fortes perdas de Março fosse esperada, a dimensão e rapidez das subidas dos últimos meses acabou por surpreender muitos investidores, considerando as mais recentes estimativas macroeconómicas e a deteriorização dos resultados esperados pelas empresas. Após a subida de cerca de 40% dos índices accionistas e da queda para metade dos spreads de crédito das obrigações High Yield, desde os mínimos de Março, as avaliações destes activos estão agora mais elevadas, aconselhando alguma prudência.