Fonte: Bloomberg
Desde Julho que a inflação nos Estados Unidos tem vindo a superar sucessivamente as previsões dos economistas, aumentado a probabilidade de que o seu rumo em direcção aos 2% poderá ter sido interrompido. Para além disso, as medidas anunciadas pelo Trump durante a campanha eleitoral poderão também acelerar a inflação ainda mais.
As "yields" das obrigações do Tesouro reflectem estas expectativas e continuam a sua trajetória ascendente.
A Reserva Federal dos Estados Unidos alertou na sua última reunião de política monetária, que serão dependentes da evolução dos indicadores macroeconómicos para decisões futuras, por isso, a inflação será um dos dados em foco a partir de agora.
Adicionalmente, antecipa-se que com Trump no poder, a Reserva Federal irá abrandar no ritmo de alívio das taxas diretoras com as suas promessas de tarifas às importações que irão colocar pressão sobre os preços, reduzindo a desaceleração da inflação.
De acordo com os futuros dos Fed Funds, o mercado atribui uma probabilidade de 65,8% de uma descida de 25 pontos base nas taxas de juro directoras no dia 18 de Dezembro.