ACÇÕES

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O QUE SÃO ACÇÕES

As acções são valores mobiliários representativos do capital social em sociedades anónimas. Quando uma empresa está cotada, esses títulos têm um determinado valor, correspondente ao valor que o mercado dá à totalidade da empresa. Ter acções de uma sociedade significa ser accionista, o que confere ao investidor um conjunto de direitos sobre a sociedade. Estes direitos variam em função do número e da categoria de acções detidas.

ACÇÕES

RISCO SISTEMÁTICO VS RISCO ESPECÍFICO

No âmbito da construção de uma carteira de investimento diversificada, em termos genéricos, a um maior risco deverá corresponder uma rendibilidade esperada superior. O nível de risco da carteira pode, por sua vez, ser decomposto em dois tipos: o risco sistemático e risco não-sistemático, ou específico. Este último não deverá ser especialmente importante para o investidor no sentido em que pode ser eliminado através de uma carteira bem diversificada. Assim, o investidor não deverá requerer uma maior rendibilidade esperada por possuir risco específico. Pelo contrário, o risco sistemático não pode ser diversificado, derivando da correlação entre as rendibilidades dos activos individuais e a rendibilidade do mercado como um todo. Pelo risco sistemático o investidor deverá exigir uma rendibilidade esperada superior. O acréscimo de rendibilidade esperada é, na literatura financeira, estimado pelo Capital Asset Pricing Model e, mais especificamente, pelo parâmetro Beta (β).

Um beta igual a zero significa que a rendibilidade do activo não é correlacionada de todo com a do mercado. Um beta positivo significa que, em termos médios, a rendibilidade do activo acompanha a do mercado. E, por fim, um beta negativo revela que, historicamente, a rendibilidade do activo evolui no sentido oposto ao mercado. O valor do beta é estimado com recurso ao modelo estatístico de regressão linear, correspondendo à inclinação da "recta de regressão". Por exemplo, o beta da Portugal Telecom (PTC) relativamente ao índice PSI-20, no período de Setembro de 2008 a Setembro de 2009, é igual a 0.91. Este valor significa que quando o PSI-20 sobe (ou desce) 1%, a PTC sobe (ou desce) apenas 0.91%, afirmando-se que tem menos "risco" do mercado.



ANÁLISE DE REGRESSÃO LINEAR ENTRE A PORTUGAL TELECOM E O PSI-20 (SET-08 A SET-09)

Regressão Linear






A análise do beta dos activos, nomeadamente das acções, é, pois, fundamental para se aferir e gerir o risco de mercado de um determinada carteira de investimento. Com efeito, quando o investidor tem a expectativa de uma subida do mercado accionista terá todo o interesse em deter acções com beta superior a 1. Pelo contrário, quando a expectativa é de queda do mercado, deverá reduzir o beta da carteira, detendo títulos com beta inferior a 1.

BETA DAS ACÇÕES DO PSI-20, ENTRE JANEIRO DE 2007 E SETEMBRO DE 2009




Para ilustrar o mecanismo de gestão do beta, atente-se ao seguinte exemplo. Considere-se um investidor que detém uma carteira diversificada de acções nacionais, no valor de Eur 250.000. O beta médio da carteira é 1.2 e o investidor, após uma forte subida do mercado, deseja proteger (tacticamente) a carteira contra uma correcção técnica, diminuindo o beta para 0.75. Visto tratar-se de um investimento de médio-longo prazo e que o investidor acredita que as acções em causa se encontram subavaliadas, uma alternativa de reduzir a exposição ao risco de mercado sem vender as acções, é através de futuros, neste caso, sobre o índice PSI-20. Sendo o valor de cada ponto dos contratos sobre o PSI-20 igual a Eur 1 e transaccionando o contrato mais próximo de vencimento (mais líquido) cotado nos 8.800 pontos, o número de contratos que o investidor teria de vender seriam:

13 contratos

Caso o objectivo fosse a cobertura integral do risco sistemático da carteira, o investidor deveria vender 34 contratos de futuros sobre o PSI-20.

ACÇÕES
PRÉMIOS DE RISCO

Um dos instrumentos fundamentais no processo de Alocação de Activos consiste na determinação do prémio de risco para as diferentes classes de activos. No caso concreto dos mercados accionistas, este pode ser representado pela diferença entre a remuneração implícita nas cotações de mercado (calculada a partir dos múltiplos de resultados a que transaccionam as empresas), e as yields das obrigações de dívida pública (remuneração do activo sem risco).

Segundo o modelo de Gordon1 dos dividendos com crescimento constante, o valor do equity de uma empresa é dado por:





Sendo:
P0: o valor por acção no momento 0;
RE: Rendibilidade exigida pelos accionistas;
div1: Dividendo para o período seguinte;
g: Taxa de crescimento anual constante dos dividendos.

Esta taxa de crescimento (g), por sua vez, pode ser obtida da seguinte forma:




Sendo: div1 / EPS1: Payout da empresa (Dividendo para o período seguinte / Resultado por acção para o período seguinte)
ROE: Return on Equity (Resultado Líquido / Capital Próprio)

Por sua vez,


Assim, substituindo na fórmula de Gordon original, obtém-se:






Assumindo, mais uma vez por simplificação, que o ROE é igual à RE - Damodaran2- obtém-se a seguinte expressão:

Valor da acção:





Resolvendo a fórmula em ordem a RE, conclui-se que a rendibilidade exigida pelos investidores pode ser obtida, segundo este modelo, pelo inverso do PER (Price Earnings Ratio) a que transaccionam as acções no mercado:





Por fim, subtraindo a yield das obrigações de dívida pública à rendibilidade esperada dos accionistas (RE), obtém-se o prémio de risco implícito nas cotações de mercado:





Sendo:

ERP = Equity Risk Premium
Rf = Yield das obrigações de dívida pública

Concluindo, uma forma prática de apurar o prémio de risco implícito nas cotações do mercado (ERP) consiste em subtrair a taxa de juro sem risco (Rf) à Earnings Yield (1/PER) do mercado. Esta última, obtida através do múltiplo de resultados (PER), equivale à remuneração esperada pelo investidor ao "comprar o mercado" com um determinado PER.

Historicamente, períodos em que os prémios de risco se encontram muito acima da média constituem um bom ponto de entrada, a médio-longo prazo. Pelo contrário, quando os prémios de risco se encontram muito abaixo da média poderá ser uma boa altura de sair do mercado, na medida em que os investidores não estão a ser devidamente remunerados pelo risco assumido, ou pela diminuição dos resultados das empresas ou pela subida acentuada, e não justificada, das respectivas cotações.

Para melhor ilustrar esta relação, atente-se ao exemplo do mercado accionista europeu, medido pelo índice Stoxx Europe 600. Conforme se pode verificar no gráfico abaixo apresentado, o prémio de risco implícito no mercado atingiu um máximo no final de 2008, no período pós-falência do banco Lehman Brothers. A aversão ao risco aumentou de tal forma, traduzida pela queda do mercado não justificada pelos resultados das empresas, que acabou por tornar o mercado "barato" e despoletar a recuperação do mesmo, no inicio de 2009. Pelo contrário, no terceiro trimestre desse ano o mercado tornou-se menos interessante (prémio de risco muito abaixo da média histórica), aconselhando alguma cautela, uma vez que o crescimento dos resultados das empresas não acompanhou a forte subida das cotações. Por fim, à data de redacção deste texto, o prémio de risco aproxima-se novamente do máximo dos últimos cinco anos, sinalizando que o mercado se encontra a níveis interessantes, considerando a rentabilidade das empresas e as respectivas (baixas) cotações em mercado.



PRÉMIO DE RISCO - EUROPA (STOXX EUROPE 600)



1. Gordon, Myron. The Investment, Financing, and Valuation of the Corporation . Greenwood Press Reprint, 1982.

ACÇÕES

ANÁLISE TECNICA


A Análise Técnica baseia-se, essencialmente, no princípio de que as cotações nos mercados financeiros, quer sejam acções ou taxas de juro, por exemplo, movimentam-se, ao longo do tempo, em tendências que podem ser determinadas pela mudança da atitude dos investidores perante factores económicos, monetários, políticos ou até mesmo psicológicos. Neste sentido, assumindo que as cotações observadas em mercado reflectem toda a informação disponível, o objectivo da Análise Técnica é o de identificar, numa fase inicial, mudanças de tendência e manter o investimento até ao momento de uma nova, potencial, inversão de tendência, contrária à do investimento efectuado.

O pressuposto base da Análise Técnica é, pois, o de que a natureza humana permanece relativamente constante ao longo dos tempos e que tende a reagir consistentemente a situações similares. Através do estudo da evolução histórica das cotações, em particular das reversões de tendência, é assumido ser possível identificar novas tendências, máximos e mínimos nos mercados financeiros. A Análise Técnica baseia-se, portanto, na assumpção de que, não sendo sempre exactamente igual, o comportamento dos investidores é suficientemente recorrente e consistente para identificar oportunidades de compra e venda nos mercados.



Uma vez não existir um indicador capaz de identificar todas as inversões de tendência, a Análise Técnica recorre a um alargado conjunto de técnicas e indicadores, que podem ser agrupados em três principais grupos: Sentimento, Estrutura de Mercado e Flow de Liquidez.


SENTIMENTO

Neste grupo incluem-se indicadores que procuram monitorizar as acções dos diferentes intervenientes do mercado. Exemplos destes são indicadores que reflictam expectativas de gestores de fundos de investimento e as transacções de insiders (gestores e accionistas de empresas).



ESTRUTURA DE MERCADO

Neste grupo encontra-se o grosso dos indicadores técnicos. Estes incluem a análise de tendências, com recurso a vários tipos de gráficos e padrões de inversão, de volume e de momentum.

FLOW DE LIQUIDEZ

Neste grupo encontram-se indicadores que permitam acompanhar, por exemplo, a liquidez média existente nos fundos de investimento e outras instituições, como os grandes fundos de pensões, no sentido de aferir a respectiva capacidade "compradora" ou necessidade de vender. Também a análise do número de novas ofertas públicas em mercado primário, ofertas em mercado secundário e alterações nas margens exigidas para transacção, constituem exemplos de indicadores importantes, nesta área.

PRINCIPAIS FERRAMENTAS E INDICADORES TÉCNICOS

CICLOS

Ciclos de curto-prazo
Ciclos de longo-prazo

TIPOS DE GRÁFICOS

Gráficos de Linhas
Gráficos de Barras
Gráficos de Velas

PADRÕES DE EVOLUÇÃO

Linhas de tendência
Canais de tendência
Linhas de suporte e resistência
Head and Shoulders
Double Top
Double Bottom
Gaps

Hammer
Shooting Star
Bullish Engulfing
Dark Cloud
Análise de Fibonacci
Médias Móveis
Volume

MOMENTUM

Moving Average Conv / Divergence (MACD)
Relative Strength Index (RSI)
Estocásticos

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