A crise de saúde pública provocada pela rápida propagação do novo Coronavírus (Covid-19) terá consequências económicas significativas, reflectindo os fortes choques tanto na oferta como na procura globais. À medida que a doença se alastra e os custos humanos aumentam, as economias mundiais estão, em larga medida, paradas ou em vias de fechar. Na falta de uma vacina para conter o vírus, os países têm tentado limitar a sua propagação, com restrições das viagens, encerramento de escolas e quarentenas de milhões de pessoas, procurando ganhar tempo e diminuir a sobrecarga dos respectivos sistemas de saúde.
Assim, a incerteza é grande e o risco de uma crise mais prolongada do que o inicialmente esperado é elevado e, sobretudo, difícil de avaliar e quantificar. Mas, considerando as fortes quedas registadas desde os máximos deste ano, as avaliações dos activos de risco estão agora mais atractivas, numa perspectiva de investimento a médio-longo prazo.