Apesar do aumento da incerteza, em grande parte devido ao protecionismo da nova Administração norte-americana – tanto em relação à China como aos seus aliados tradicionais – a economia global mantém-se relativamente resiliente, ainda que abaixo da tendência dos últimos anos, com as expectativas de inflação estáveis (2,0%-2,5%). Neste cenário, os bancos centrais, em particular o Fed, mantêm margem para cortar as taxas de juro.
Embora os riscos macroeconómicos e geopolíticos não sejam negligenciáveis, a nossa principal preocupação reside nas avaliações elevadas dos ativos de risco, nomeadamente ações e crédito. Por isso, optámos por uma abordagem diversificada, combinando setores mais cíclicos com outros defensivos. Na componente obrigacionista, apesar dos spreads de crédito reduzidos, aumentámos a exposição ao high yield, reduzindo a alocação em ações, cujo binómio risco-retorno se revela menos atractivo.